Renovar é preciso!

Ora, quisera eu não ter de conviver com essa incógnita de estar sob o julgo da lei da minha própria natureza, cheia de falhas, errônea, miserável, que se rende a tão pouco, e que se limita a ver o que está simplesmente diante dos olhos. Lei que me que torna impulsiva em alguns momentos, que me faz perder a direção, que me faz ver defeitos, e não enxergar a trave que impede a minha própria visão.
Quisera eu fazer o bem, realmente sem olhar a quem. "Quero o bem, mas efetuar nem sempre é o que consigo realizar "(vide Romanos 7:19 e etc).
Ah, mas quem pode negar que é muito fácil tratar com indiferença aquela pessoa que te incomoda, ou aquele que à luz da bíblia é tido(a) como "inimigo(a)"? Alguém nega? Eu posso sentir aversão a esse tipo de pessoa? Será que assim deixo a minha natureza "rude" prevalecer, ou posso ver isso como uma normalidade, mesmo porque sou um ser humano passível de sentimentos nesse sentido?
Achei interessante, o que li por esses dias, é que me deparei com uma situação que vivo hoje. Gasto certo tempo me restringindo no meu mundinho* e esqueço que, mesmo não tendo as mesmas opiniões, conceitos, nem talvez viva a mesma realidade, tenho que aprender a conviver com o próximo. Que tarefa difícil, ainda mais quando se trata do tipo de pessoa que citei acima.
As vezes não faço o bem nem pra mim, e nessa, a insensatez toma conta, e em consquência disso vem a frustração. Sempre quero fazer do meu jeito, e ao contrário do que deveria, tento ser forte, agir, reagir, sozinha.
Estou tentando ser diferente, não que eu seja alguém difícil de lidar, acredito que até o contrário disso (espero), mas como nem tudo é mar-de-rosas, e como diz no ditado, "nem tudo o que reluz é ouro", vou buscando o caráter de Cristo, que é o único que a primeira vista ama e aceita (quero ser igual a Ele).
Mas, sei que nada vou conseguir na força do meu braço, nem a luz das minhas intenções. Quem desposita esse amor, que deveras preciso sentir, é também aquele em quem devo confiar e me apoiar, e não no meu próprio entendimento. Como diz na letra de uma canção: "...Será inútil levantar de madrugada, será inútil comer o duro pão de cada dia, andar os próprios passos em vão..." (Resgate). E eu poderia continuar, inútil será fingir "amar" só pra cumprir tabela, inutil será mostrar obras com hipocrisia, sendo que o intento, é no fundinho, bem diverso do que se espera. Deus é quem dá aos seus amados, esse amor e todo o resto.
Como ilustração dessa fase, digo que estou sendo tratada, como um vaso que já foi feito pelas mãos do Oleiro, mas que pelo meio do caminho recebeu uns arranhões, por causa do atrito com outros vasos (habitual), e sozinho não pode obter restauração. Com efeito carece ser quebrado, refeito, moldado, não pra se eximir de novos atritos, mas pra se predispor a viver tudo de novo, mas com a confiança de que a partir disso será mais forte. O Oleiro refaz tudo com cautela, pois renovado o vaso pode brilhar e resplandecer em meio a outros, e também abastece de terra fértil o seu conteúdo, porque depois desse processo ele volta a florescer, e assim permanecer.

E um vaso sem cera! (http://www.lagoinha.com/engine.php?pag=art&secpai=12&sec=13&cat=65&art=1540).
Asssim vou confiando no Oleiro, e ainda que a lei da minha própria natureza, tente se sobrepor, aniquilando o refencial do "bem", Ele me traz de volta a essência que com suas mãos depositou em mim.

"Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu." Jeremias 18:4

Mundinho*= http://graziellecarolineoliveira.blogspot.com/ (Postagem "Pessoas")